ÁRVORE DE PORFÍRIO
Árvore de Porfírio. É uma representação sob a forma de uma árvore, feita pelo filósofo grego Porfírio (Sofista), destinada a ilustrar a subordinação dos conceitos, a partir do conceito mais geral, que é o de substância, até chegar ao conceito homem, o de menor extensão, mas o de maior compreensão. (1)
![](https://lh4.googleusercontent.com/-dt23jkb9LUI/TtfokM7sP8I/AAAAAAAADKc/6qBeGaHvcmQ/s512/arvore-porfirio.jpg%22)
(1) JAPIASSÚ, Hilton e MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de Filosofia. 5.ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.
A Classificação tem sido colocada como a reunião de entidades semelhantes e a separação das não afins. Esta interpretação da classificação esteve em voga até o final do século XIX e o início do século XX. A diferenciação tem sido considerada uma característica básica na classificação. James Duff Brown estabeleceu em 1916 que a classificação era um "processo mental" constantemente executado de forma consciente e inconsciente por qualquer ser humano, ainda que não reconhecido como tal. Na realidade, este é um dos mais importantes campos do conhecimento. [1]. Toda mente classifica objetos consciente ou inconscientemente para todos os tipos de propósito. A despeito de significações e valores difundidos, o estudo da classificação não atraiu as pessoas de um modo geral, com exceção de alguns pensadores, lógicos, cientistas e especialistas em Biblioteconomia e Ciência da Informação.
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Grande parte dos lógicos, filósofos e lexicógrafos que utilizaram a classificação para compreensão e análise do conhecimento interpretaram o significado da classificação de diferentes modos. Eles definiram classificação como 'Classificação do Conhecimento', que Aristóteles concebeu inicialmente como um 'exercício mental' (382-322 a.C.), mencionando os 'predicáveis' em seu 'Organon'[1] que, originariamente em número de quatro, foram os seguintes:
(1) Gênero
(2) Espécie
(3) Diferença
(4) Propriedade, e
(5) Acidente.
Estes predicáveis podem ser chamados de categorias. No desenvolvimento deste artigo outras categorias serão adicionadas a estas.
No devido curso, 10 categorias ou predicamentos foram reconhecidos. São as seguintes:
1 Substância
2 Qualidade
3 Quantidade
4 Relação
5 Lugar
6 Tempo
7 Situação
8 Posse
9 Ação
10 Sofrimento ou passividade
Estas categorias foram os principais fatores usados pelos aristotélicos e outros para qualificar as diversas áreas do conhecimento. Devemos mencionar também que os cinco predicáveis mencionados acima forneceram alguns dos fatores de subdivisão para a moderna classificação biológica. Aristóteles, na 'Metafísica', dividiu o conhecimento humano em três divisões e as subdividiu como segue:
Filosofia Teórica Física
Matemática
Metafísica
Filosofia prática
Ética
Economia
Política
Filosofia produtiva
Poética
Retórica
Arte
As nove classes apresentadas acima podem se adequar à maioria dos assuntos hoje reconhecidos. Seja como for, as categorias de Aristóteles floresceram no 'pórfiro' *, geralmente consideradas como ponto de partida para o estudo da classificação. A árvore de Porfírio é a seguinte:
Muito bacana esse resumo introdutório.
ResponderExcluirMeus estudantes gostarão deste modelo.
Olá Washington! Fico feliz por ter ajudado. Obrigada pelo feed back.
ExcluirAbç!
Boa noite, sou estudante de Filosofia, e achei esta explicação totalmente desveladora, de forma simples e não simplória que faz com que até o mais leigo no assunto compreende. Parabéns e obrigado!
ResponderExcluirMestra Priscila, em qual manual de Filosofia a senhora viu Porfírio como um Sofista? Digo, quem foi o comentador que afirmou ser Porfírio um sofista sendo que boa parte dos manuais dão o filósofo como Neoplatônico e passa muito, mas muito longe de ser um sofista já que não há em sua bibliografia nenhuma referência de algum sofista grego.
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