Pelo que vimos até aqui, há responsabilidade moral quando existe liberdade pessoal. Isso coloca diante de outra questão: Somos realmente livres para decidir ? Que liberdade é essa ?
Do ponto de vista da discussão filosófica, podemos sintetizar três respostas diferentes para essa questão
- A ênfase na liberdade- o homem sempre é livre. Embora os defensores dessa posição admitam a existência das determinações de origem externa, sociais, e as de origem interna, tais como desejos, impulsos etc., sustentem a tese de que o indivíduo possui uma liberdade moral que está acima dessas determinações. Ou seja, apesar de todos os fatores sociais e subjetivos que atual sobre cada indivíduo, ele sempre possui uma possibilidade de escolha e pode agir livremente a partir de sua autodeterminação. A maior expressão dessa concepção filosófica acerca da liberdade encontrada no pensamento de Jean – Paul Sartre, que afirmou que “ o homem é condenado a ser livre”.
- A dialética entre liberdade e determinismo – O homem é determinado e livre ao mesmo tempo. Determinismo e liberdade não se excluem, mas se completam . Nessa perspectiva não faz sentido pensar em uma liberdade absoluta nem em uma negação absoluta da liberdade. A liberdade é sempre uma liberdade concreta, situada no interior de um conjunto de condições objetivas de vida . Embora a nossa liberdade seja restringida por fatores objetivos que cercam a nossa existência concreta, podemos sempre atuar no sentido de alargar as possibilidades dessa liberdade, e isso será tanto mais eficiente quanto maior for a nossa consciência a respeito desses fatores. Essa concepção é encontrada nos pensamento de Espinosa, Hegel e Marx. Embora haja muitas diferenças entre eles, o ponto em comum é a ideia eu a liberdade é a compreensão da necessidade ( dos determinismo).
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